“O CEPEJ nasceu unindo a bandeira do protagonismo estudantil com a inquietação que move todo pesquisador. Não demorou que essa combinação se tornasse um chamado para mim. No contexto de um ensino bacharelesco, legalista e conformista, a vivência da pesquisa é um sopro de oxigênio. Permite ao estudante constituir-se em criador, e não um mero repetidor mecânico, esmagado pelo rolo compressor de um ensino bancário e provas sem propósito. A formação de sujeitos sensíveis e críticos não apenas ajuda, como é essencial em qualquer carreira jurídica, pois estudar as leis é estudar os homens.
Para mim, a pesquisa é, também, um veículo de realização pessoal por meio da docência. Sou a primeira geração da minha família na Universidade, e não demorei a germinar o grão do desejo de plantar ali uma segunda casa. Sei que as cartas do futuro não se deixam ler com facilidade e zombam das certezas. Sei que em nosso país ser professor, e mesmo cientista, não é das veredas mais suaves. Mas acredito num Direito emancipatório: amar e mudar as coisas me interessa mais.
Por fim, a pesquisa é um ambiente no qual posso exercer meu desejo constante de criar e meu amor pela epistemologia – o prazer de desmontar um pensamento e ver como ele é construído. Primeiro como associada, depois como Diretora de Comunicação, e por fim, como Presidente, sinto orgulho de ter o CEPEJ e os cepejianos costurados à minha história.”